quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Gerês Engalanado parte 3

Ainda a decorrer a época das neves, para gáudio dos intrépidos sonhadores. Na última visita à serra, o espectáculo era demasiado intenso para se assimilar de uma vez só. Lembro-me claramente do amargo travo de boca deixado a cada passo que me trazia de volta a casa. O branco gradualmente a diminuir, gradualmente...Creio ter comentado com os companheiros, que não fosse os compromissos profissionais ainda nesse dia, que teria ficado por lá...
 
Normalmente, caminhar na serra implica avaliar cada passo dado na procura do melhor ou possível caminho, mas, quando há neve em quantidade, muitas vezes, o relevo irregular que é o estado normal da serra, dá lugar a um nivelamento pela neve. Neste caso, caminhar fica facilitado, desde que a neve já tenha endurecido minimamente pois se for demasiado fofa, afundar é certo. O meu cajado de amieiro é neste caso uma peça de equipamento indispensável, se quiser estar mais seguro. Uma das melhores recomendações, é andarem com os pés secos, nem que tenham de pôr sacos de plástico por cima das meias. Se não for demasiado quente isso é preferível.  

(Curral do Vidoirinho)

O frio? Nada disso, enquanto estamos em movimento, o mais certo é ter calôr. Se pararmos muito tempo no entanto, é melhor que seja com uma bela sopa a escorregar na goela.

Para efeito de comparação, publico fotos de alguns dias antes destas da neve, do mesmo local, o Curral do Cando, mesmo por baixo da Roca Negra:








Fico ansioso por mais sensações brancas, na Serra do Gerês, e espero nesse caso poder partilhá-las com vocês.Grande abraço, naturalmente...e parece que esta semana vem aí mais recarga branca...


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